QUANDO AS MEMÓRIAS TRANSCENDEM AS BARREIRAS DA VIDA

 

Na correria de fazer muitos casamentos, viagens uma atrás da outra é inevitável entrar no modo automático de trabalho. Cansa, não vou mentir, e também faz parte, mas algumas coisas acontecem depois dessa correria que compensam todo o cansaço que é conseguir me conectar as emoções das pessoas.

A Anne e o Leo se casaram em meio a uma dessas datas que eu estava frenético viajando e fotografando, a Anne com um vestido bem clássico e capa,  mais parecia uma princesa e que o tempo todo agradecia feliz por que nos ter ali com ela naquele momento tão importante pra eles. A gratidão é um dos sentimentos que eu mais admiro por que sei que ela vem da confiança e eu busco ter essa relação com todos os meus clientes.

Fiz alguns momentos sinificativos e emocionantes como a hora que os avós deram o anel de noivado que era deles pra Anne e principalmente do avô muito emocionado e que na época passava por uma condição respiratória delicada.

Depois do casamento a Anne conversou comigo e me contou que o avô dela havia falecido e que por causa das fotografias dele no casamento, o luto de toda família tinha sido um pouco menos pesado, já que ele esteve presente naquele dia tão feliz ao lado das pessoas que amava. Eu fiquei comovido e reflexivo sobre essa coisa tão curiosa e profunda chamada memória e o poder que ela tem de transcender as barreiras da vida e apaziguar o próprio luto. A memória nos faz sentir saudade, nostalgia e até tristeza, mas também é capaz de trazer conforto pra uma família inteira. Percebe a profundidade disso e o papel que tem a fotografia?

São esses momentos que me fazem enxergar que eu não estou somente fotografando casamentos eu estou criando as memórias de alguém para o resto da vida.

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